'Passagem Reserva tinto 2013’ eleito um dos “50 Melhores Vinhos de Portugal para os EUA”

Em simultâneo nos dois países, foi ontem divulgada a lista dos “50 Melhores/Grandes Vinhos de Portugal para os EUA”, uma iniciativa levada a cabo pela ViniPortugal para promover os vinhos portugueses nesse mercado. 

O Douro soube posicionar-se, tendo sido eleitos dezoito vinhos de mesa e quatro Portos. Entre os gloriosos DOC Douro, está o ‘Passagem Reserva tinto 2013’, um néctar que surpreendeu o painel de jurados, que nesta edição foi composto por três Master Sommeliers americanos: Dennis Kelly, Madeline Triffon e Peter Granoff.
Passagem Reserva tinto 2013
O ‘Passagem Reserva tinto 2013’ foi lançado no final do ano passado, estando ainda – não se sabe se por muito tempo – disponível e com um altamente recomendado preço de €12,00. Importa reforçar que este é um vinho – e uma marca, com mais duas referências: um Reserva branco e um Porto Vintage – com a dupla assinatura da gestora Sophia Bergqvist (Quinta de La Rosa) e do enólogo Jorge Moreira (Poeira), nascida de uma joint venture que criaram há dez anos para “desbravar” o terroir vitivinícola do Douro Superior. Nascia então um novo projecto, com vinha plantada na Quinta das Bandeiras, no Pocinho. 

Um tinto que revela a exuberância e intensidade típica do Douro Superior; um vinho jovem que ainda vai ganhar complexidade e que apresenta frescas e originais notas apimentadas e a hortelã. Cheio de energia e sabores, é evidente a bergamota tão característica da Touriga Nacional, que assume o papel principal neste blend ao qual se juntam a Touriga Franca (25%) e o Sousão (5%). Na boca é sério e estruturado, estando ainda a dar os primeiros passos no seu longevo percurso

De uma forma geral, os vinhos que nascem na sub-região do Douro Superior caracterizam-se por serem frutados, aromáticos e expressivos. Assumidamente de terroir, os ‘Passagem’ são expressivos, directos e elegantes q.b.. A filosofia do enólogo Jorge Moreira passa por analisar a vinha, captando o seu potencial, e a partir daí desenhar vinhos com um estilo próprio tirando o maior partido do que as uvas têm para dar.  

Passagem: uma marca de vinhos que une duas famílias no Douro Superior

Sophia Bergqvist e Jorge Moreira, os rostos do projecto vitivinícola ‘Passagem’, trabalham juntos desde 2002, altura em que Jorge se tornou enólogo da Quinta de La Rosa, propriedade duriense que está na posse da família de Sophia desde 1906 e de onde nascem vinhos do Douro e Porto com o mesmo nome.

Ávidas por novos desafios, as famílias Bergqvist (Quinta de La Rosa) e Moreira (Poeira) embarcaram numa fifty-fifty joint venture em 2005. Com o seu projecto familiar encaminhado, era um sonho de Jorge Moreira criar vinhos no Douro Superior, sub-região que oferece um maravilhoso contraste em relação ao Cima Corgo, onde está instalada a sua Quinta do Poeira (Provesende) e a Quinta de La Rosa (Pinhão). Como entusiasta empreendedor, Tim Bergqvist – pai de Sophia – “comprou” a ideia e investiu na Quinta das Bandeiras; ao invés de dar aos três filhos o dinheiro que tinha na altura disponível.

A Quinta das Bandeiras é uma propriedade de 100 hectares localizada na sub-região do Douro Superior: no Pocinho, junto ao rio Douro e oposta ao famoso Vale Meão. Quando foi adquirida, possuía apenas sete hectares de vinha (velha), tendo sido plantados 25 hectares na parte de baixo da quinta, mesmo junto ao rio, com a maior predominância de Touriga Nacional e Touriga Franca. No terreno existe uma casa e uma bonita capela, cuja recuperação será o próximo passo.

O nome ‘Passagem’ tornou-se apropriado por varias razões. Existe uma linha de comboio com uma passagem de nível abandonada na propriedade. Passagem representa também a troca de experiências  e vivências no Douro de duas famílias bem distintas, uma inglesa e outra portuguesa. Uma ‘Passagem’ iniciada em 2005, mas cujo primeiro vinho foi lançado em 2008, precisamente um tinto de 2005.

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