Wine Spectator atribui 94 pontos ao ‘Quinta de La Rosa Porto Vintage 2012’ e recomenda dois tintos de 2011

A Wine Spectator acaba de atribuir 94 pontos ao ‘Quinta de La Rosa Porto Vintage 2012’, depois de ter recentemente recomendado o ‘La Rosa Reserva tinto 2011’ e o ‘Passagem Reserva tinto 2011’. São assim três os vinhos com assinatura da família (de Sophia) Bergqvist e do enólogo Jorge Moreira que surpreenderam a crítica de um dos mais conceituados wine tasters mundiais, o norte-americano Kim Marcus

Para o editor executivo da revista Wine Spectator, que conta com mais de 25 anos de experiência, o ‘Quinta de La Rosa Porto Vintage 2012revela deliciosos sabores a lembrar ameixa preta e cereja silvestre. Exuberantes notas de pimenta e chocolate denotam um final de boca longo com notas de menta seca e especiarias. Um Porto para acompanhar sobremesas, agora ou até 2040. A novidade desta colheita, que aparece com uma nova “roupagem”, foi o lançamento simultâneo em garrafas de 375 e 750ml, que em Portugal, estão à venda por €22,50 e €45,00, respectivamente. 

Wine Spectator publicou na edição deste mês uma lista de “Vinhos Recomendados de Portugal”. No que toca a tintos foram 28 os eleitos, dos quais 22 são do Douro e onze da “tão badalada” colheita de 2011, como é o caso dos dois com a chancela da dupla Bergqvist e Moreira. 
Quinta de La Rosa Porto Vintage 2012
À semelhança do que aconteceu com o mais influente crítico mundial, Robert Parker (da Wine Advocate), também Kim Marcus atribuiu 95 pontos ao ‘La Rosa Reserva tinto 2011’, um vinho onde é de destacar uma cor profunda quase opaca, a enorme intensidade e complexidade aromática, onde a fruta vermelha e preta e os aromas florais e silvestres se envolvem para criar um vinho bonito, como o adjectiva Jorge Moreira. Um vinho com potencial de envelhecimento garantido até 2022, escreve o crítico na edição de Julho da publicação acerca deste blend de Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz que harmoniza na perfeição com pratos de carne fortes, enchidos ou um bom queijo da Serra

O ‘Passagem Reserva tinto 2011’ arrecadou 92 pontos. Um lote de Touriga Nacional (40%), Touriga Franca (45%) e Tinto Cão (15%) que originou um néctar aromaticamente fino e elegante, com notas de violeta, bergamota e ameixa. Uma verdadeira explosão de sabores na boca, com fruta doce e atraente seguida de impressões cítricas que equilibram este vinho e lhe proporcionam comprimento de prova. Para Sophia Bergqvist, “este é um vinho sério, mas ao mesmo tempo muito divertido”. 

Comprada pela família Bergqvist em 2005, a Quinta das Bandeiras é uma propriedade de 100 hectares localizada na sub-região do Douro Superior: no Pocinho, junto ao rio Douro e de frente para a famosa Quinta do Vale Meão. Numa joint venture com o enólogo Jorge Moreira, a família Bergqvist e ele embarcaram numa aventura “50:50” para produzir e comercializar vinhos com a marca ‘Passagem’. Um nome que advém do facto de existir uma linha de comboio com uma passagem de nível abandonada na propriedade e também porque retrata a jornada e experiência de duas famílias distintas no Douro: uma mais antiga e inglesa (Bergqvist) e uma jovem e portuguesa (Moreira). 


Quinta de La Rosa está desde 1906 na posse da família de Sophia Bergqvist, que actualmente gere a propriedade com a inestimável ajuda da sua família. Uma propriedade de extrema beleza situada na margem direita, mesmo em cima do rio Douro, em pleno coração do Alto Douro Vinhateiro, paisagem classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade. Junto à vila do Pinhão, ocupa 55 hectares, de onde se produzem vinho do Porto, vinho de consumo e azeite de qualidade superior. A família Bergqvist aposta também na arte de bem receber: a Quinta de La Rosa tem 14 quartos e suites, todos com vista para o rio, piscina e duas casas independentes, a Lamelas, com seis quartos, e a Amarela, com quatro quartos. Visitas guiadas, provas de vinhos e refeições enoturísticas são o principal atractivo, mas são muitas as outras actividades ao dispor do visitantes da região duriense.

As vinhas da Quinta de La Rosa, todas com a classificação máxima atribuída pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) – letra “A” –, estão localizadas a Sul Este e estendem-se ao longo das margens do rio Douro, desde o caudal do rio até uma altitude de 400 metros. Uma localização de excelência e com muito potencial vitivinícola. Ao todo são onze as vinhas que integram a Quinta de La Rosa, divididas entre as que se localizam na parte de baixo (Vale Grande, Dona Sophia, Vale do Inferno, Vinha Grande Nova e Vinha Grande Velha) e na parte superior (Lameira do Rego, Dona Clara, Cerejinha, Lamelas, Dona Sarah e Fausto), com variedades de uvas como as tradicionais Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Cão, Sousão, Tinta Roriz e Tinta Barroca. 

Sob a batuta enológica de Jorge Moreira – também enólogo da Real Companhia Velha e do seu projecto familiar, Poeira – produzem-se actualmente e com a “chancela de qualidade” da Quinta de La Rosa cerca de 80.000 litros de vinho do Porto e 200.000 de vinho de consumo por ano. De uma joint venture entre a Quinta de La Rosa e Jorge Moreira, existe ainda o projecto de vinhos ‘Passagem’, oriundos da Quinta das Bandeiras, no Douro Superior. 

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